19 de junho de 2012

Pica-pau-malhado-grande (dendrocopos major)

É uma espécie que se encontra mais próximo de nós do que podemos imaginar, basta estar atento ao postes telefónicos juntos das estradas da nossa zona, ou então dar um saltinho ao Baldio das Ferrarias e procura-los ou esperar que eles se mostrem ou se façam ouvir. No Baldio esta espécie é garantida assim como o Pica-pau-verde picus viridis, Peto- verde como está nos livros.
O voo ondulante deste pica-pau, o seu chamamento áspero ou o seu tamborilar são geralmente o primeiro 
sinal da sua presença. Esta ave pousa geralmente nos troncos das árvores, mas também aprecia velhos 
postes telefónicos, à beira da estrada.

Ninho e respectivo proprietário, junto da 1ª albufeira no Baldio.

Devido aos seus hábitos florestais, e às características destes habitats, esta espécie pode ser de difícil observação, e passível de ser confundida com o seu congénere pica-pau-galego. Diferencia-se sobretudo pelas maiores dimensões, e, no caso dos machos, pela presença de uma mancha vermelha na nuca, bem contrastante com o padrão preto e branco do resto do corpo, e pela tonalidade avermelhada do abdómen. Os juvenis possuem um capucho vermelho que os pode fazer confundir com a congénere mais pequena, mas, quando em voo, as “janelas” brancas nas asas são bastante visíveis e permitem uma identificação segura. É bastante comum escutar o tamborilar acelerado desta espécie, sendo audível a grandes distâncias, como se tratasse de uma matraquear violento e rápido.
O pica-pau-malhado-grande é residente em Portugal e na maioria dos locais onde ocorre está presente ao longo de todo o ano. Ainda assim, parece haver alguma dispersão nos meses de Verão, havendo então observações em locais junto à costa onde habitualmente não ocorre. É uma espécie comum ao longo dos habitats florestais do nosso território, especialmente em carvalhais, pinhais, sobreirais e azinhais. É raro ou está ausente em planícies desarborizadas e em zonas montanhosas, acima dos 1000 metros.

Outro exemplar num poste junto da Estrada Nacional 385.

Ninho num cipreste no Baldio das Ferrarias.




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