Uma recordação pode ser qualquer coisa, um postal, um íman, tudo o que possamos imaginar, desde que nos faça lembrar um determinado local, neste caso Sevilha. Um leque, nada mais comum do que um simples leque, eles são brancos, vermelhos, com rosas e imagens de alusivas às "Sevilhas" etc.
Este é o leque da Adelina, é diferente, não é como os outros, não o comprou numa das muitas lojas de lembranças que há espalhadas pela cidade.
Pois bem, a história do leque aconteceu enquanto almoçávamos, num dos muitos restaurantes que por lá há, se não estou em erro chamava-se "Belmonte", era daqueles típicos, cheio de cabeças de touros empalhadas, não estivéssemos nós em Sevilha, algum do pessoal até estava com medo de consular o estômago ali, veio a ementa, fizemos o pedido, não tardou muito chegaram as entradas de seguida os pratos, e que pratos! no decorrer do almoço, apercebendo-se da nossa nacionalidade uma senhora de idade da mesa ao lado meteu conversa connosco para dizer que falava Português e que tinha uma filha no Algarve e pouco mais. Numa certa altura, terminando o almoço, entram os calores na Adelina e começa a abanar-se com a mão, eis que da mesma mesa ao lado, a mesma senhora que tinha metido conversa entende-lhe a mão com um leque e diz-lhe que o apanhe e se abane, não percebendo a intenção da simpática senhora tentou devolve-lo, no mesmo instante com um valente sorriso a senhora diz-lhe que o aceite como um presente, é "un recurdo de Sevilla".
A boa maneira de receber e simpatia é das tais coisas, ou se têm ou não se têm!
Escusado será dizer que a partir dali o leque apareceu em todas as fotografias.
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