1 de maio de 2011

Ninho de coruja-das-torres

Há algum tempo atrás num dos meus passeios  encontrei um ninho de coruja-das-torres (Tyto alba) num monte que pertence à minha família. As corujas apoderaram-se de um caixote de fruta que eu tinha colocado junto ao telhado do palheiro para os pombos pudessem construir o seu ninho, foi o que aconteceu durante algum tempo, mas agora já lhe perderam o direito!
Quis logo fotografa-las, pois são das minha aves favoritas, informei-me se existiria algum problema resultante da minha intenção, aconselharam-me a não as perturbar durante muito tempo, escondido e bem camuflado num canto não as iria afectar, disseram-me também que dado o avançado estado de crescimento das crias já não há grandes hipóteses de abandono por parte dos progenitores, se estivessem no inicio da postura, aí sim era perigoso!
Hoje, lá fui eu, com a maquina o tripé e o camuflado. Ao escurecer  instalei-me num canto e pronto lá fiquei à espera. O palheiro rapidamente mergulhou numa penumbra assim para o fantasmagórico e as crias começaram a emitir as suas vocalizações (uns sopros assobiados), e nada dos adultos. Ao fim de 30 minutos já estava farto de esperar, eis que do nada pousa uma delas no buraco do portão por onde entram,  deixei de respirar para não a assustar, disse para comigo, "vá pousa na viga ou no caixote, que eu tiro-te uma foto e vou me embora", não fez nada disso teve a feliz ideia de pousar numa manjedoura ficando  a um curtíssimo metro de mim, congelei literalmente,  se me mexo para lhe apontar a câmara, ela vai-se, optei apenas por ficar a olha-la desejando que não partisse , ao mesmo tempo chega o que eu penso que fosse o macho, o atrevido peneirou sobre mim a inspeccionar a coisa, senti na cabeça o vento do bater das suas asas, juntou-se à companheira que me enfrentava numa retórica de gritos, estalidos, sopros e assobios, estiveram nisto uns bons 2 minutos até que se foram deixando bem claro que eu estava ali a mais. Arrumei a  "tralha" e deixei-as em paz.


No regresso a casa, em jeito de brinde estava este grandioso Bufo-real (Bubo bubo) no meio da estrada.
De olhar assustado, mas sem perder a pose de super predador enfrentou os faróis do carro durante algum tempo, apenas o suficiente para tirar três fotografias que valem apenas pelo modelo e pelo momento.
Num vou silencioso desapareceu na escuridão, deixando para trás a sua presa, um coelho- bravo.
Interrompi-lhe o jantar mas não era a minha intenção =(


6 comentários:

  1. Amigo Tiago não e por nada mas isso e uma lebre.

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  2. Realmente quando vi a tonalidade do pêlo tbm vi uma lebre, mas quando passei e contornei o falecido vi um coelho! Fica a duvida =) Abandonei o local rápido com esperanças q ele tenha voltado para apanhar o q deixou para trás...humm mas duvido q o tenha feito
    =(

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  3. Fogo, um bufo assim à babuje! Não é todos os dias!!! Muito fixe.

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  4. ah pois não Pedro... e duvido q se repita!

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  5. Jovem fotografo, o bom caçador deve identicar a peça a abater antes do disparo, o bom fotografo tem de identicar a peça antes ou depois de carregar no botão, na minha terra isso é uma lebre, em que as semelhanças com um coelho são as quatro patas e não sabe voar.Lebre não é coelho.

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