Agora que a chuva voltou (ahahahahahah caíram 3 pingas e meia) já há barragens com os níveis de armazenamento regularizados etc etc vira-mo-nos então para as inundações, mm de precipitação acumulados etc etc
antes era:
"Período critico de incêndios prolongado até 23 de Novembro"
"99,9% do pais em seca extrema/severa ou o cacete!!!" E novidades? não? qual é o espanto?
Nada ou muito pouco fazemos para contrariar estas tendências.
Não nos prevenimos de nada! Não nos precavemos contra os incêndios. Nada fazemos para minimizar os efeitos da seca.
Nas noticias, andou tudo de volta dos leitos secos das albufeiras...das pontes que ficaram à vista (também gostava de ir ver a mais famosa), dos habitantes de antigas aldeias submersas por albufeiras, no entanto já alguém noticiou o leito seco de uma albufeira a ser limpo?
Infelizmente só nestes últimos dias essa medida foi noticia, vamos ver quando é posta em pratica.
O problema da seca é que só nos lembramos dela quando já está a ocorrer, tal como os incêndios e as inundações sempre os houve, tanto alarido e tantas medidas urgentes a tomar porque??
No que diz respeito aos períodos de seca, o grande problema agora é a sua frequência e duração. Ir a Estepa e andar em procissão à roda do monte já não resolve, infelizmente.
O que nem sempre existiu foi o modo super intensivo de tudo o que é cultura, isso sim! mas disso ninguém fala (vá, às vezes falam um pouquinho).
São os olivais cada vez mais extensos, os típicos cereais de sequeiro que são hoje de regadio, planta-se milho em solos onde os já referidos cereais de sequeiro foram reis. A estes exemplos junta-se todo o tipo de alterações à tradicional agricultura extensiva e, maioritariamente de sequeiro.
Sem deixar de lado a agro-pecuária, também ela já muito assente em modos de produção intensivo.
Diz-se que há água com fartura ali em Alqueva, então, basicamente a ideia é, produzir tudo o que nunca aqui foi produzido e que necessita do triplo da água do que sempre aqui se produziu.
Está feito! ou melhor, estamos feitos.
Tudo isto para vos mostrar o leito seco do rio Ardila, no ano de 2005.
Em 2017, a seca severa/ extrema não o secou.